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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Outra vez a história do paradigma

Durante o ano de 2012, Out of the Box andou pelo País com a Century 21, a falar sobre o mercado residencial Português. Falamos sobre o estado em que o mercado se encontrava, sobre o arrendamento urbano e a nova lei que entrava em vigor e perspectivávamos o mercado para os anos seguintes.

A nossa apresentação centrava-se na questão da alteração de paradigma no sector residencial, olhando a habitação como produto de investimento e procurando pistas para uma possível alteração da escolha dos Portugueses para o arrendamento em detrimento da compra.



A maior parte dos agentes do mercado dizia que esta tendência vinha para ficar e que os Portugueses não mais iriam comprar casa, antes arrendá-la. Mais, dizia-se que a compra de casa era uma prisão, um erro para um País como Portugal e que a Banca tinha ajudado a criar tamanho problema. Agora, com o mercado a desvalorizar, teria de ser a própria Banca a arcar com tamanho prejuízo e que os Portugueses se deveriam ver livres da dívida que haviam acumulado para poderem ser proprietários.

Procuramos quantificar essa alteração de paradigma. Rapidamente concluímos que não seria possível, para além de ser algo cultural, a compra de casa em vez do arrendamento. Repetimos que não havia alteração de paradigma, que era algo simplesmente conjuntural. Muitos nos olharam com desdém, abanando a cabeça em sinal de reprovação.

Num recente artigo do Idealista, lê-se que a compra suplanta de novo o arrendamento e que as três principais mediadoras em Portugal vendem mais casas do que aquelas que arrendam. Afinal, os Portugueses preferem comprar casa e isso agora, de forma curiosa, é aceite como normal.

Temos memória curta em Portugal. Mas como em tudo, o tempo dá sempre razão às pessoas...

Bons negócios (imobiliários)!

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