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segunda-feira, 20 de maio de 2019

A gravata já foi. O próximo a ir é o escritório.

Claro que isto é um exagero. O escritório, tal como o conhecemos, continuará a existir mas com algumas diferenças. O que leva empresas do sector da distribuição, como a Auchan, ou do sector da banca, como o Santander, a oferecer espaços de trabalho em Coworking aos seus clientes?

Para além de uma clara intenção de reforço de notoriedade da marca, principalmente junto de públicos mais jovens, as grandes multinacionais já perceberam que o mundo do trabalho está a mudar e que esta mudança passa em primeiro lugar pelo espaço de trabalho.

Hoje em dia os escritórios são, acima de tudo, espaços. A tecnologia permite-nos trabalhar em qualquer espaço: seja o nosso sofá, um café, um lounge de aeroporto ou um espaço de cowork gratuito no banco Santander.

Há dias, um colaborador de uma multinacional que está instalado no nosso Cowork perguntou se não nos importávamos que trouxesse as pantufas para o trabalho. Há cinco anos, provavelmente perguntaria à sua chefia se poderia dispensar a gravata, por forma a estar mais confortável. A gravata já quase passou à história e os escritórios estão a tornar-se, cada vez mais, locais agradáveis para trabalhar - afinal, é aí que passamos 70% do nosso dia.

O recém criado Happiness Corporate Board, uma iniciativa pioneira em Portugal liderada pela Cristina Nogueira da Fonseca, da consultora Happy Town, é um exemplo claro desta mudança de paradigma. Vivemos uma “revolução silenciosa” que tem cada vez mais adeptos e é inter-geracional. Este grupo de reflexão visa, entre outras coisas, contribuir para a evolução de uma cultura focada na felicidade e no bem-estar das pessoas, fruto das exigências da vida moderna e dos novos hábitos que os Millennials e a Geração Z vieram (felizmente) introduzir na sociedade, nomeadamente ao nível do equilíbrio entre vida e trabalho.

Como gestor de um espaço de Cowork é um privilégio poder contribuir para esta mudança.  Depois da revolução do fato e gravata, segue-se o escritório.

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Carlos Gonçalves

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