Por Carlos Gonçalves
CEO Avila Business Centers
Co-autor do livro “Out of the Office”
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Actualmente, uma das grandes discussões na Apple não tem a ver com novos produtos ou serviços. A questão que está a gerar polémica prende-se com a construção da nova sede – denominada Apple Spaceship HQ – que será inaugurada em 2016. O orçamento previsto era de 3 biliões de dólares, mas custará quase 5 biliões.
Apesar deste montante representar cerca de 1% das reservas de tesouraria do gigante americano, os accionistas consideram que este investimento é uma extravagância, numa altura em que os investidores reclamam mais dividendos.
Considerada uma das últimas heranças de Steve Jobs, esta nave espacial de Cupertino irá albergar mais de 13.000 colaboradores, que terão ao seu dispor áreas de trabalho e de lazer orientadas exclusivamente para o seu bem-estar e produtividade, cumprindo as melhores práticas no domínio da responsabilidade social e ambiental. Recentemente, foi também divulgado que Jobs fez questão de ser incluído na equipa de arquitectos que concebeu o projecto, liderada por Norman Foster.
Investimentos desta dimensão não acontecem por acaso, e a atitude visionária da Apple é seguida também por outros gigantes como o Facebook, Coca-Cola, Mercedes ou Nike, não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.
Estas multinacionais sabem que o pacote salarial deixou de ser o único factor de atracção e retenção de talentos e a comprovar as expectativas mais pessimistas há estudos, como o da consultora americana Gallup, que concluem que 30% dos trabalhadores nos EUA não se sente envolvido no seu espaço de trabalho, considerando que o mesmo não reflecte o espírito e valores da empresa.
Se extrapolarmos estes números para outros países o cenário piora. E aí percebemos que a grande maioria das empresas ainda não entendeu que o conforto no espaço de trabalho e o bom ambiente que se proporciona aos colaboradores é absolutamente central para o seu sucesso. A par destes factores, a flexibilidade laboral é cada vez mais valorizada pelas novas gerações, que gosta de ter a liberdade de trabalhar no escritório da empresa, em casa, num espaço de coworking ou num resort de surf com boa ligação à internet.
Se antes as empresas eram apreciadas essencialmente pela modernidade da sua fachada ou pela beleza da recepção, hoje em dia o que está no seu interior e os modelos de trabalho que adoptam são cada vez mais decisivos para a construção da sua notoriedade: desde áreas lounge e copas para convívio, até espaços de privacidade para meditação, yoga e outras actividades de relaxamento.
A nova nave espacial da Apple talvez seja a primeira a combinar todos estes factores, dando início a uma viagem e a um novo paradigma em que todos serão mais felizes, incluindo os investidores mais renitentes.
Actualmente, uma das grandes discussões na Apple não tem a ver com novos produtos ou serviços. A questão que está a gerar polémica prende-se com a construção da nova sede – denominada Apple Spaceship HQ – que será inaugurada em 2016. O orçamento previsto era de 3 biliões de dólares, mas custará quase 5 biliões.
Apesar deste montante representar cerca de 1% das reservas de tesouraria do gigante americano, os accionistas consideram que este investimento é uma extravagância, numa altura em que os investidores reclamam mais dividendos.
Considerada uma das últimas heranças de Steve Jobs, esta nave espacial de Cupertino irá albergar mais de 13.000 colaboradores, que terão ao seu dispor áreas de trabalho e de lazer orientadas exclusivamente para o seu bem-estar e produtividade, cumprindo as melhores práticas no domínio da responsabilidade social e ambiental. Recentemente, foi também divulgado que Jobs fez questão de ser incluído na equipa de arquitectos que concebeu o projecto, liderada por Norman Foster.
Investimentos desta dimensão não acontecem por acaso, e a atitude visionária da Apple é seguida também por outros gigantes como o Facebook, Coca-Cola, Mercedes ou Nike, não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.
Estas multinacionais sabem que o pacote salarial deixou de ser o único factor de atracção e retenção de talentos e a comprovar as expectativas mais pessimistas há estudos, como o da consultora americana Gallup, que concluem que 30% dos trabalhadores nos EUA não se sente envolvido no seu espaço de trabalho, considerando que o mesmo não reflecte o espírito e valores da empresa.
Se extrapolarmos estes números para outros países o cenário piora. E aí percebemos que a grande maioria das empresas ainda não entendeu que o conforto no espaço de trabalho e o bom ambiente que se proporciona aos colaboradores é absolutamente central para o seu sucesso. A par destes factores, a flexibilidade laboral é cada vez mais valorizada pelas novas gerações, que gosta de ter a liberdade de trabalhar no escritório da empresa, em casa, num espaço de coworking ou num resort de surf com boa ligação à internet.
Se antes as empresas eram apreciadas essencialmente pela modernidade da sua fachada ou pela beleza da recepção, hoje em dia o que está no seu interior e os modelos de trabalho que adoptam são cada vez mais decisivos para a construção da sua notoriedade: desde áreas lounge e copas para convívio, até espaços de privacidade para meditação, yoga e outras actividades de relaxamento.
A nova nave espacial da Apple talvez seja a primeira a combinar todos estes factores, dando início a uma viagem e a um novo paradigma em que todos serão mais felizes, incluindo os investidores mais renitentes.
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