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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PS quer acabar com isenção de IMI de fundos imobiliários

Por Gonçalo Nascimento Rodrigues
Out of the Box
Main Thinker

OTBX, Consultoria em Finanças Imobiliárias, Lda.
Managing Director






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Consta - mais uma vez - que o PS e o seu Secretário-Geral, António José Seguro, pretendem acabar com a isenção de IMI dos Fundos Imobiliários - só os abertos e fechados de subscrição pública é que ainda gozarão de 50% da isenção, a partir de 1 de Janeiro de 2014.

Aqui há dias, saiu também uma outra notícia sobre este assunto, altamente discriminatória dos Fundos Imobiliários, já que estes aparecem no fim da lista das isenções mas são sempre chamados à cabeça dos isentos.

E terminar com a isenção de IMI dos Partidos Políticos? Parece-te bem, Tó Zé? E já agora, retirar a isenção também às Associações Sindicais? Deixem-me adivinhar... é o preço da Democracia, querem ver?

Bons negócios (imobiliários)!

4 comentários:

Eduardo disse...

Gostaria de perceber o porque da isencao de imi para os fundos imobiliarios?? Ou o facto de existirem outras isencoes injustificaveis é desculpa??

Gonçalo Nascimento Rodrigues disse...

Caro Eduardo,

Obrigado pelo seu comentário. Tentarei ser breve na explicação da minha posição (pessoal, não implica os outros contribuintes do blog):

- Qualquer benefício fiscal deve ter um carácter transitório. Os que existiam para os FII também o tiveram;

- Isto porque, como deve saber, os Fundos Imobiliários já não têm qualquer tipo de benefício fiscal, excepto os Fundos Abertos, os Fechados de Subscrição Pública e alguns Fundos Especiais (FIIAH, Fundos Florestais);

- Para 2014, o que está em causa no OE é a perda de 50% do benefício em sede de IMI e IMT para Fundos Abertos e os Fechados de Subscrição Pública;

- É importante perceber que quem detém UP's destes Fundos são pequenos aforradores e não grandes investidores. Esses detêm grande parte dos Fundos Fechados;

- Taxar, neste momento, os Fundos Abertos implica uma redução da rentabilidade (já per si muito baixa), provocando a fuga destes pequenos aforradores e deixando os Fundos com ainda menos liquidez do que aquela já têm (e que é nenhuma!).

Podemos terminar com esta isenção mas é bom entender as consequências dessa acção na actual conjuntura que, no limite, poderão passar pela impossibilidade de realização de novos resgates com graves consequências para os pequenos aforradores.

Mais ainda, existem outras isenções em sede de IMI essas sim algo injustificáveis, que deveriam terminar.

Um abraço,

Gonçalo Nascimento Rodrigues

Eduardo disse...

Continua sem um único argumento sólido.

"Qualquer benefício fiscal deve ter um carácter transitório" Exacto!!

"quem detém UP's destes Fundos são pequenos aforradores" - não vejo porque esses pequenos aforradores devam ser beneficiados em relaçao au esforço fiscal pedido a investidores noutros activos, a pensionistas, funcionários públicos, trabalhadores do sector privado,etc..

"Taxar...Fundos Abertos implica uma redução da rentabilidade... provocando a fuga destes pequenos aforradores ..." a redução da rentabilidade por via de aumento da fiscalidade é um risco que os investidores em imobiliário estão expostos e que têm que estar preparados para assumir. De qualquer forma, o efeito do custo acrescido do IMI é insignificante quando enquadrado no quadro recessivo geral.

Gonçalo Nascimento Rodrigues disse...

Eduardo,

Não ponho em causa o esforço geral. Cabe-nos a todos. Ponho em causa 2 coisas:

- A demagogia de muitos políticos quando falam das isenções dos Fundos Imobiliários. Os Fundos Imobiliários não têm praticamente nenhuma isenção, a não ser as acima expostas;

- Se querem mexer no IMI, mexam como deve ser. Há bastantes mais isenções. Mas não, preferem falar dos Bancos e dos Fundos de forma "demoníaca".

Atente-se ao meu post aqui no blog, nunca digo que a isenção não deve ser retirada. Mas é curioso verificar que estando esta isenção no fim da lista dos benefícios, seja sempre trazida à cabeça dos discursos políticos.

Do seu ponto de vista, não ter argumentos sólidos, mas são os meus e confio neles. E não mudei de opinião ao longo dos últimos anos. E não embarco em demagogias nem em discursos populistas. Lamento, mas essa não é a minha "praça".

Abraço,