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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Um caso mal-parado - I

Por Gonçalo Nascimento Rodrigues
Out of the Box
Main Thinker

OTBX, Consultoria em Finanças Imobiliárias, Lda.
Managing Director






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Durante as próximas semanas, irei aqui publicar um conjunto de artigos sobre o estado do crédito à habitação e às actividades imobiliárias em Portugal, bem como sobre o mal-parado e os riscos que enfrentamos e continuaremos a enfrentar no nosso mercado imobiliário.

Inicio esta colecção de artigos com o seguinte texto do Banco de Portugal:

«A exposição do sistema bancário português ao setor imobiliário, seja direta ou indiretamente (nomeadamente através da detenção de unidades de participação em fundos de investimento de risco associado ao setor imobiliário), constitui também um elemento importante de incerteza para a estabilidade financeira. Embora exista evidência da ausência de uma “bolha” nos preços do imobiliário em Portugal semelhante à ocorrida noutros países sob pressão, não serão de excluir correções adicionais dos preços, consentâneas com o ajustamento gradual do mercado habitacional português após o aumento significativo da oferta observado no passado, com a situação económica interna e a necessidade de redução do endividamento das famílias, e com uma eventual dinamização do mercado do arrendamento.

A fim de precaver eventuais efeitos negativos sobre o setor financeiro, foram recentemente definidos, pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, alguns princípios que visam garantir uma avaliação prudente dos ativos imobiliários. Adicionalmente, o Banco de Portugal tem conduzido, nos últimos anos, várias inspeções a classes específicas de ativos particularmente expostas a desenvolvimentos macroeconómicos ou de mercado, onde se incluem os ativos expostos ao risco imobiliário, as quais têm por objetivo promover uma correta avaliação do valor do imobiliário.» In Relatório de Estabilidade Financeira, pág. 8, Banco de Portugal, Novembro de 2013

Importa, também, ler a mais recente nota publicada pela Fitch.

Prudência, meus caros, prudência.

Bons negócios (imobiliários)!

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