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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Remax tem 12,5% de quota de mercado em Portugal

Por Gonçalo Nascimento Rodrigues

Out of the Box
Main Thinker

OTBX, Consultoria em Finanças Imobiliárias, Lda.
Managing Director







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Aqui há dias, a Remax Portugal publicou os seus resultados acumulados ao 3º trimestre de 2014. Gosto de ir observando e acompanhando, por razões óbvias, os resultados da actividade de alguns players do nosso mercado, onde naturalmente se inclui a Remax Portugal. Já em tempos, tinha passado os olhos pelos resultados da empresa e o seu significado no mercado  nacional.

O press-release emitido parece "básico" mas na verdade "esconde" alguns números que considero muito interessantes e que procurei esmiuçar (correndo, naturalmente, o risco de falhar). Antes de mais, algumas curiosidades:

  • O arrendamento continua a perder peso face à venda de casas, algo expectável e já antecipado por diversas vezes aqui no blog;
  • A "facturação" da empresa - medida pelo valor global das transacções feitas e não pelas comissões cobradas - subiu 37% em 2014, face a um ligeiro aumento do nº de transacções realizadas (apenas 4,2%);
  • Interessa muito mais à empresa realizar vendas em vez de arrendamentos, já que as primeiras rendem 9 vezes mais do que as segundas.
Olhando, então, para os dados que constam do press-release, concluímos que em 2013 o valor médio de cada transacção realizada na Remax Portugal foi de € 117.233. Extrapolando os dados acumulados ao 3º trimestre de 2014 para o final do ano, esse valor subirá em 2014 para € 133.470, o que representa um aumento de 13,85% no valor médio dos imóveis transaccionados pela empresa. É significativo!

Em 2014, a empresa talvez venha a superar a marca dos 10.000 imóveis vendidos o que representará uma quota no mercado de venda de casas em Portugal na ordem dos 12,5%(até final do 2º semestre de 2014, o INE reportava 38.277 casas vendidas em Portugal, sendo que em 2013 se tinham vendida 79.775), incluindo obviamente as transacções que não são intermediadas.

Ainda segundo o INE, o valor médio dos prédios urbanos transaccionados em Portugal em 2013 situou-se nos € 99.869. A Remax consegue, assim, bater o mercado em 33,6%. Mais uma vez, significativo! Parece, então, claro que o mercado da Remax está no segmento médio, médio-baixo pelo valor médio das transacções que intermedeia. Mas é também claro que é aqui que está a maior fatia do mercado residencial em Portugal. Segundo dados recentes da APEMIP, mais de metade das casas procuradas em Portugal eram para valores inferiores a € 175 mil.

Bons negócios (imobiliários)!

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