Golden Visas sobem 30% em 2016

Números oficiais do SEF mostram um crescimento no número de "Golden Visas" emitidos em 2016, na ordem dos 30%, e o ano de 2017 parece querer bater novos recordes, com um total de 801 vistos concedidos até Abril deste ano, acima do total concedido em 2015.

Dos mais de 5.000 investidores que entraram no mercado nacional por vista deste esquema, a grande maioria é proveniente da China (67%), seguido do Brasil (8%) e África do Sul (3,6%). De facto, os investidores sul-africanos têm vindo a ganhar cada vez mais interesse pelo mercado, ultrapassando já os investidores russos.

Mas Portugal não é o único País europeu a beneficiar de uma política de investimento em imóveis derivado da concessão de vistos. Segundo dados do site themovechannel.com, Chipre e Espanha são outros exemplos do sucesso dos Golden Visa. Espanha registou um crescimento de 63% nos vistos concedidos em 2016. Chipre tem também observado uma acentuada recuperação do seu mercado imobiliário, em grande parte fruto desta política. Segundo dados do Eurostat, o País registou uma subida de preços na habitação, no último trimestre de 2016 de 3,1% (variação homóloga), levando 3 trimestres consecutivos de subida de preços.

Chipre beneficia de um esquema com um investimento mínimo de € 300.000, abaixo dos € 500.000 exigidos em Portugal e Espanha, facto que de certa forma favorece o investimento em imóveis nesse País. No entanto, Portugal é visto como um País seguro, com excelente qualidade de vida e boa reputação.

Além destes Países, também Grécia e Turquia apresentam políticas similares de atracção de investimento imobiliário. Quanto à Grécia, apesar de exigir o valor mais reduzido da União Europeia (€ 250 mil) conseguiu apenas reunir € 300 milhões em investimento desde 2013, muito abaixo dos mais de € 2 mil milhões gerados por Portugal. Quanto à Turquia, o valor mínimo exigido é de € 1 milhão, no entanto o programa apenas arrancou em 2017, havendo ainda poucos dados disponíveis para análise, além do facto do País não fazer parte do Acordo de Schengen, tornando o produto menos interessante para investidores não-europeus.

Bons negócios (imobiliários)!