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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Espreme que rebenta - Parte II

Depois de um breve olhar sobre as bolhas imobiliárias europeias, olhamos agora para outros pontos do Globo. Do blog Dr. Housing Bubble, chega-nos a lista das maiores bolhas mundiais, com a China logo à cabeça:

global housing bubble


Mas neste caso, o autor revela um factor que lhe parece "atenuante": o aumento, em algumas cidades constantes do gráfico, do rendimento médio disponível, ou seja, o tal Índice de Afordabilidade que antes vos falava.

Outra curiosidade é o facto de os Estados Unidos aparecerem apenas na 7ª posição, com a cidade de Miami, revelando um forte ajustamento nos últimos anos.

Olhe-se para 2 casos curiosos: o primeiro, do mercado norte-americano, o segundo, do mercado canadiano. O mercado imobiliário norte-americano apresenta uma valorização acumulada de 44% em 12 anos, 11 pontos percentuais acima da inflação.

case shiller us home prices

Já o mercado canadiano, aqui representado pela cidade de Toronto, ainda continua em ritmo de subida, depois de uma quase duplicação desde o ano 2000.

toronto home prices

Mas há que pense que a bolha norte-americana possa estar de volta, olhando nesta lógica comparativa entre preços imobiliários e rendimentos gerados. Do blog Seeking Alpha, o autor do artigo "The U.S. Housing Bubble is Back" advoga que desde Agosto de 2012 que os preços no imobiliário têm crescido mais do que deviam, depois de uma correcção que levou cerca de 7 anos, que levou a que o imobiliário estabilizasse em cerca de 3,34 vezes o rendimento gerado pelas famílias norte-americanas. O tal índice de afordabilidade a rondar o valor de 3 vezes, que é commumente aceite como um valor estável.

No entanto, desde Agosto de 2012 que algo mais que o rendimento das famílias tem inflacionado os preços no imobiliário. É certo, é um período muito curto para se tirarem conclusões mas com certeza um elemento a monitorizar nos próximos meses:



Por esse Mundo fora, existem bolhas, borbulhas e nada que se esprema. Umas já rebentaram, outras estão mesmo quase, outras ainda nem por isso. Muitas, provavelmente, nunca rebentarão.

Bons negócios (imobiliários)!

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