Out of the Box
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OTBX, Consultoria em Finanças Imobiliárias, Lda.
Managing Director
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Sempre existiu uma certa apetência para os Governos controlarem o mercado imobiliário. Haverá sempre argumentos a favor e argumentos contra, sobretudo do ponto de vista ideológico. Aqueles mais de direita, mais liberais, crentes num mercado livre, olharão sempre de forma suspeita para esse controlo; já os de esquerda, mais socialistas, adeptos do controlo central, olharão com bons olhos.
Ideologias à parte, pessoalmente prefiro sempre uma aposta na supervisão e fiscalização, do que propriamente o controlo.
Decidi trazer este tema aqui ao blog, dada a importância que o mercado imobiliário - e mais concretamente, o sector residencial - tem vindo a ganhar nos últimos anos, fruto da crise do subprime e de tudo o que se lhe seguiu.
Consequências da crise, a Reserva Federal Norte-Americana detém actualmente cerca de 12% das hipotecas nos Estados Unidos, por via do programa encetado de compra de MBS's - Mortgage Backed Securities. É uma fatia muito grande do mercado que é controlada centralmente, neste caso, pelo Banco Central, traduzindo-se em quase 4 triliões de dólares.
Já no Reino Unido, debate-se se o Banco Central deverá impor limites à subida de preços na habitação, por forma a controlar eventuais futuras bolhas imobiliárias.
Na Alemanha, o acordo de Governo entre a CDU e o SPD prevê a possibilidade de colocação de um cap às rendas residenciais, em localizações nas quais se observe uma baixa oferta de casas no mercado.
Por cá, durante muitos anos se verificou um controlo sobre as rendas imobiliárias, impedindo-as de subir, com as visíveis consequências nos centros urbanos. Estamos hoje a caminhar para um mercado mais livre, menos controlado pelo Estado. Ainda muito recentemente, o Banco de Portugal, em conjunto com a CMVM e o Instituto de Seguros de Portugal, colocou em consulta pública um documento sobre a avaliação de imóveis.
Num mercado global, desenvolvido, 3 das maiores economias mundiais, desenvolvidas, capitalistas, desenvolvem políticas e acções de claro controlo sobre o mercado imobiliário. Por cá, parece estarmos a caminhar no sentido oposto e numa maior supervisão.
Será então esse controlo ideológico? Económico? Social? Ou meramente político?
Bons negócios (imobiliários)!
Sempre existiu uma certa apetência para os Governos controlarem o mercado imobiliário. Haverá sempre argumentos a favor e argumentos contra, sobretudo do ponto de vista ideológico. Aqueles mais de direita, mais liberais, crentes num mercado livre, olharão sempre de forma suspeita para esse controlo; já os de esquerda, mais socialistas, adeptos do controlo central, olharão com bons olhos.
Ideologias à parte, pessoalmente prefiro sempre uma aposta na supervisão e fiscalização, do que propriamente o controlo.
Decidi trazer este tema aqui ao blog, dada a importância que o mercado imobiliário - e mais concretamente, o sector residencial - tem vindo a ganhar nos últimos anos, fruto da crise do subprime e de tudo o que se lhe seguiu.
Consequências da crise, a Reserva Federal Norte-Americana detém actualmente cerca de 12% das hipotecas nos Estados Unidos, por via do programa encetado de compra de MBS's - Mortgage Backed Securities. É uma fatia muito grande do mercado que é controlada centralmente, neste caso, pelo Banco Central, traduzindo-se em quase 4 triliões de dólares.
Já no Reino Unido, debate-se se o Banco Central deverá impor limites à subida de preços na habitação, por forma a controlar eventuais futuras bolhas imobiliárias.
Na Alemanha, o acordo de Governo entre a CDU e o SPD prevê a possibilidade de colocação de um cap às rendas residenciais, em localizações nas quais se observe uma baixa oferta de casas no mercado.
Por cá, durante muitos anos se verificou um controlo sobre as rendas imobiliárias, impedindo-as de subir, com as visíveis consequências nos centros urbanos. Estamos hoje a caminhar para um mercado mais livre, menos controlado pelo Estado. Ainda muito recentemente, o Banco de Portugal, em conjunto com a CMVM e o Instituto de Seguros de Portugal, colocou em consulta pública um documento sobre a avaliação de imóveis.
Num mercado global, desenvolvido, 3 das maiores economias mundiais, desenvolvidas, capitalistas, desenvolvem políticas e acções de claro controlo sobre o mercado imobiliário. Por cá, parece estarmos a caminhar no sentido oposto e numa maior supervisão.
Será então esse controlo ideológico? Económico? Social? Ou meramente político?
Bons negócios (imobiliários)!
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