No passado mês de Outubro realizou-se mais uma edição do SIL - Salão Internacional de Lisboa que este ano de 2017 foi tendencialmente ocupado pela Mediação Imobiliária.
Como já é habitual, e desde os anos 90, marco a minha presença nas áreas em que opero, nos últimos anos tenho estado presente através da minha atividade de formação especializada para o mercado da mediação imobiliária tanto para me promover, como para apoiar a promoção de parceiros como o CRS Portugal em representação do mesmo, ou o SAM – Serviço de Angariação Múltipla, um projeto de MLS que assessorei e o qual apoio, que pretende trazer para o mercado uma ferramenta de partilha de angariações entre profissionais.
Simultaneamente decorreu em Barcelona, o Barcelona Meeting Point, basicamente o congénere do SIL na Catalunha, sendo que em Madrid realiza-se o SIMA – Salão Imobiliário de Madrid, o qual inteligentemente será realizado em datas não coincidentes com certames concorrentes. Marquei igualmente presença em Barcelona para apresentar o meu livro “ATRAER PARA VENDER” que está agora também disponível para o mercado espanhol, para mim foi um regresso feliz, pois já não marcava a minha presença neste evento desde 2001.
A minha comparação entre estes dois eventos acabou por ser inevitável e entre o SIL e o BMP, posso referir que o certame Lisboeta estava muito mais animado com uma presença forte da área da Mediação Imobiliária que este ano esteve acima dos 85% em relação às restantes atividades participantes. Pelo contrário, em Barcelona acontecia o inverso, quem predominou foi essencialmente a atividade de promoção imobiliária na sua generalidade.
Voltando a Portugal e à Mediação, eu diria que o SIL é cada vez mais um evento para se ver e ser visto, muito baseado no posicionamento de marcas que reforçam aqui aquilo que é a sua estratégia de comunicação e ação, sem desprimor para as empresas e marcas que decidiram não estar presentes. Pessoalmente quis partilhar convosco a avaliação do que vi, para verificar se o parecer e o ser estão alinhados! Associei por isso a minha visão a dois indicadores: número de agências; e número de agentes.
Como já vem sendo hábito a RE/MAX ocupa a maior área de exposição dedicada ao setor da Mediação Imobiliária, e neste momento, da feira inteira, são mais de 1.000 m2 de stand que pretendem demonstrar a força da marca na liderança do mercado.
A ERA e a Century21 ocuparam os dois lugares seguintes no que diz respeito a área de exposição. A Century21 manteve a sua tradição dedicando os dias de lazer (sábado e domingo) à família e voltou a realizar o seu encontro de vendas nas mesmas datas.
A destacar algumas redes outsiders estrategicamente posicionadas à volta do stand da marca líder, estou a falar da Predimed, Mais Consultores, Hall e IAD.
A Keller Williams apostou num posicionamento de sobriedade de costas viradas para a sua maior concorrente, a RE/MAX, colocando-se numa posição mais central em relação à planta da feira, mas não passou despercebida pois as letras KW que a simbolizam sobressaíam.
As marcas associadas ao segmento prime do setor, marcaram a sua presença de forma distinta, para além da Porta-da-Frente e Engel & Völkers, destaco ainda o SIMGroup representado pela marca RE/MAX Collection.
A rede ComprarCasa apostou num stand muito original caracterizado pela presença de uma carrinha WV pão de forma. Infelizmente ficou mesmo no final do salão.
Muito bem posicionada, a EasyGest ocupou um dos primeiros lugares com um stand de dimensões generosas e bem alinhado com o estilo de lojas desta marca.
Vinda da Consultoria Financeira, a Decisões e Soluções que está cada vez mais virada para o Mercado Imobiliário marcou igualmente presença neste evento.
Muito animado esteve também o stand da Veigas, que tal como outras marcas, voltou a crescer e ganhar lugar de destaque.
Tudo o que vos descrevi foi única e exclusivamente baseado na minha perceção visual, e desde já as minhas desculpas às empresas que não mencionei.
E será que aquilo que percecionei na feira se coaduna com a realidade de mercado? Por forma a avaliar a presença de cada marca no mercado, passo a transcrever o ranking das principais empresas que operam em Portugal, tendo como primeiro critério o número de agentes imobiliários, e em segundo, o número de agências ou escritórios. Estes números foram obtidos com o apoio de uma pesquisa conjunta com a Domínio Binário.
Nota: os valores obtidos são aproximados e foram fornecidos pela empresa Domino Binário, num estudo efetuado no final do mês de Outubro 2017
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Por Massimo Forte
Consultor Independente
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