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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Escritórios: uma questão de oferta

O mercado de escritórios na Europa carece de nova oferta, segundo dados recentemente publicados pela Savills. No seu relatório trimestral, a consultora aponta a escassez de oferta no mercado como forma de justificar a subida de rendas e a descida da vacancy rate. Apesar de uma recente subida na oferta, a realidade dos números mostra que o total de novos projectos no mercado totaliza apenas um ano de procura. 

O take-up de escritórios subiu 2,3% no primeiro trimestre de 2019, estando nuns incríveis 23% acima da média dos últimos 10 anos, com Bruxelas, Dublin e Barcelona à cabeça das mais subidas europeias. Este crescimento fez com que a vacancy rate fechasse nos 6%, 100 pontos base abaixo do valor anterior. As quedas mais significativas registaram-se em Lisboa e Barcelona. A capital portuguesa apresenta agora uma taxa de desocupação 6%, sendo que Berlim e Paris apresentam valores historicamente baixos (pouco acima de 1%).

As prime rents subiram 5,1% em zonas CBD e 1,9% em zonas não-CBD. Também as secondary rents registaram subidas (4,8% e 6,8%, respectivamente). A escassez na oferta permitiu uma variação positiva nas rendas cobradas de forma generalizada no mercado.

Para 2019, a tendência mantém-se: vacancy rates em baixa, rendas em alta. Com pequenas excepções, o mercado de escritórios na Europa tenderá a manter a sua valorização em alta. Cidades como Lisboa, Madrid, Barcelona, Atenas, Bucareste e Varsóvia são vistas como destinos alternativos muito válidos para instalação de novas empresas. Os sectores de media, comunicações e espaços flexíveis de escritórios são aqueles que mais procuram espaço.

Bons negócios (imobiliários)!

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