Recebi há dias um e-mail que me deixou um pouco impressionado, não muito mas um pouco...
Todos sabemos que o Estado é o maior proprietário do País e as Câmaras Municipais não fogem à regra. Mas neste e-mail que recebi, essa ideia tornou-se ainda mais clara perante a enorme lista de imóveis dos quais a Câmara Municipal de Lisboa é proprietária. Não posso garantir total veracidade desta lista mas sendo ela real, necessitará a Câmara deles todos para o seu "core-business"? Talvez não...
Também no imobiliário parece-me ter chegado a hora, em definitivo, do Estado deixar de ter um papel tão representativo no mercado. A verdade é que o Estado tem uma presença demasiadamente forte no mercado imobiliário e tem de estender essa sua presença ao sector privado. Como?
Pessoalmente, sempre fui defensor de um papel mais actuante do Estado no mercado imobiliário. Confusos? Então é para ter maior ou menor presença no mercado? Passo a explicar: é minha opinião que o Estado deve funcionar, numa primeira fase, como um Promotor Imobiliário. Hoje, mais do que nunca, não basta vender, até porque de pouco servirá tentar vender património imobiliário porque a procura é, por si, escassa, ainda para mais dado o estado de conservação do produto disponível e o preço que o Estado quer pelo mesmo.
Então o que fazer? Rentabilizar. É certo que alguns imóveis serão vendidos mas muitos deles deverão ser trabalhados no sentido de melhor serem rentabilizados. E isso faz com que o Estado, numa primeira fase, tenha um papel mais interventivo e actue como um verdadeiro Promotor Imobiliário.
De uma forma muito sucinta, parece-me que deveriam ser percorridos alguns passos com vista à rentabilização de algum património imobiliário não-estratégico (por não-estratégico, denomino o património que não servirá para uso próprio dos serviços do Estado ou, neste caso em apreço, da Câmara):
1. Segmentar imóveis por potencial tipo de utilização: por segmento de mercado (habitação, escritórios, etc.) e por destino final das fracções (venda vs. arrendamento)
2. Desenvolver estudos adequados com vista à definição da melhor estratégia de rentabilização para cada imóvel
3. Calcular potencial de rentabilidade de cada imóvel ou conjunto de imóveis, segundo os pontos anteriores
4. Constituir veículos de investimento e gestão, agrupando os imóveis segundo os pontos anteriores
5. Executar, fazer, actuar (não chega pensar nem anunciar...)
6. Dispersar capital do dito veículo junto de entidades privadas (a venda ocorre no fim e não por via de venda directa mas por via de dispersão de capital)
Neste escrito, é óbvio que muito ficou por dizer, seria impossível listar todas as actividades a executar, nem sequer "acertar" em tudo, até porque também não seria capaz disso!
E aqui fica a minha singela e humilde proposta deste fervoroso "servo" de Portugal...
Bons negócios (imobiliários)!
Todos sabemos que o Estado é o maior proprietário do País e as Câmaras Municipais não fogem à regra. Mas neste e-mail que recebi, essa ideia tornou-se ainda mais clara perante a enorme lista de imóveis dos quais a Câmara Municipal de Lisboa é proprietária. Não posso garantir total veracidade desta lista mas sendo ela real, necessitará a Câmara deles todos para o seu "core-business"? Talvez não...
Também no imobiliário parece-me ter chegado a hora, em definitivo, do Estado deixar de ter um papel tão representativo no mercado. A verdade é que o Estado tem uma presença demasiadamente forte no mercado imobiliário e tem de estender essa sua presença ao sector privado. Como?
Pessoalmente, sempre fui defensor de um papel mais actuante do Estado no mercado imobiliário. Confusos? Então é para ter maior ou menor presença no mercado? Passo a explicar: é minha opinião que o Estado deve funcionar, numa primeira fase, como um Promotor Imobiliário. Hoje, mais do que nunca, não basta vender, até porque de pouco servirá tentar vender património imobiliário porque a procura é, por si, escassa, ainda para mais dado o estado de conservação do produto disponível e o preço que o Estado quer pelo mesmo.
Então o que fazer? Rentabilizar. É certo que alguns imóveis serão vendidos mas muitos deles deverão ser trabalhados no sentido de melhor serem rentabilizados. E isso faz com que o Estado, numa primeira fase, tenha um papel mais interventivo e actue como um verdadeiro Promotor Imobiliário.
De uma forma muito sucinta, parece-me que deveriam ser percorridos alguns passos com vista à rentabilização de algum património imobiliário não-estratégico (por não-estratégico, denomino o património que não servirá para uso próprio dos serviços do Estado ou, neste caso em apreço, da Câmara):
1. Segmentar imóveis por potencial tipo de utilização: por segmento de mercado (habitação, escritórios, etc.) e por destino final das fracções (venda vs. arrendamento)
2. Desenvolver estudos adequados com vista à definição da melhor estratégia de rentabilização para cada imóvel
3. Calcular potencial de rentabilidade de cada imóvel ou conjunto de imóveis, segundo os pontos anteriores
4. Constituir veículos de investimento e gestão, agrupando os imóveis segundo os pontos anteriores
5. Executar, fazer, actuar (não chega pensar nem anunciar...)
6. Dispersar capital do dito veículo junto de entidades privadas (a venda ocorre no fim e não por via de venda directa mas por via de dispersão de capital)
Neste escrito, é óbvio que muito ficou por dizer, seria impossível listar todas as actividades a executar, nem sequer "acertar" em tudo, até porque também não seria capaz disso!
E aqui fica a minha singela e humilde proposta deste fervoroso "servo" de Portugal...
Bons negócios (imobiliários)!
2 comentários:
Penso que deverão ser muitíssimos mais.
Na lista não estão incluídos os imóveis arrendados dos bairros sociais (e não só).
Luís Tovar
Olá Luís.
Sim, também acredito que sejam bastantes mais. Quanto aos imóveis em bairros sociais, julgo que haverá muitos que já estão em FII's...
Mas há aqui muito imóvel que chama a atenção pela localização, o que é algo que, confesso, me assusta.
Um abraço,
Gonçalo
Enviar um comentário