Por Bruno Silva
Associate, Head of Property & Asset Management
Cushman & Wakefield
--
E se, a par da Yield, passássemos a utilizar a Felicidade como critério de medição de valor de um ativo imobiliário? Lojistas satisfeitos; ocupantes de escritórios motivados; pacientes de unidades de saúde usufruindo de espaços dignos. A ideia não é peregrina, no sentido em que um país chamado Butão pô-la em prática há várias décadas. Chamaram-lhe: Taxa Interna de Felicidade.
Nos dias que correm, não há sector que aguente a crise. Senhorios e inquilinos medem forças numa relação que já teve dias melhores – descontos de renda; carências de pagamentos; "caps" sobre as despesas comuns; "break-clauses"... até grandes arrendatários que ontem se financiaram em operações de sale and leaseback, são hoje os primeiros a "roer a corda" e exigir revisão das condições locativas acordadas. Vale tudo nesta crise.
Porém, no sector imobiliário, a atribuição de valor numa relação comercial deve ser muito mais que o mero reflexo de um valor médio de €/m2 de uma determinada zona da cidade. Hoje, mais do que nunca, a sustentabilidade do imobiliário comercial deverá sair do plano estritamente financeiro e passar a estar intrinsecamente relacionada com a sustentabilidade económica, ambiental e social dos edifícios e seus ocupantes.
Não basta termos edifícios green ou eco-friendly para que senhorios e arrendatários exibam índices de redução da pegada ecológica como grande bandeira da sua responsabilidade corporativa. Não basta promovermos um edifício como tendo o mais competitivo preço/m2 ou as menores despesas comuns. É preciso ir mais além.
A verdadeira mudança começa em nós próprios enquanto indivíduos. Esse despertar interior de uma consciência individual que nos permitirá crescer coletivamente enquanto sociedade. Ao agirmos de forma mais inteligente, saudável e feliz, estaremos individualmente a contribuir para que a nossa organização seja socialmente mais sustentável, mais amiga do ambiente e economicamente mais próspera.
Atingir o equilíbrio nestes três grandes pilares da Sustentabilidade deverá pois ser um objetivo a seguir por todos nós que, direta ou indiretamente, utilizamos imóveis no quotidiano. Quiçá então, nesse dia de tomada de consciência, seremos todos sustentadamente mais felizes. Afinal, não é isso que procuramos?
Associate, Head of Property & Asset Management
Cushman & Wakefield
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E se, a par da Yield, passássemos a utilizar a Felicidade como critério de medição de valor de um ativo imobiliário? Lojistas satisfeitos; ocupantes de escritórios motivados; pacientes de unidades de saúde usufruindo de espaços dignos. A ideia não é peregrina, no sentido em que um país chamado Butão pô-la em prática há várias décadas. Chamaram-lhe: Taxa Interna de Felicidade.
Nos dias que correm, não há sector que aguente a crise. Senhorios e inquilinos medem forças numa relação que já teve dias melhores – descontos de renda; carências de pagamentos; "caps" sobre as despesas comuns; "break-clauses"... até grandes arrendatários que ontem se financiaram em operações de sale and leaseback, são hoje os primeiros a "roer a corda" e exigir revisão das condições locativas acordadas. Vale tudo nesta crise.
Porém, no sector imobiliário, a atribuição de valor numa relação comercial deve ser muito mais que o mero reflexo de um valor médio de €/m2 de uma determinada zona da cidade. Hoje, mais do que nunca, a sustentabilidade do imobiliário comercial deverá sair do plano estritamente financeiro e passar a estar intrinsecamente relacionada com a sustentabilidade económica, ambiental e social dos edifícios e seus ocupantes.
Não basta termos edifícios green ou eco-friendly para que senhorios e arrendatários exibam índices de redução da pegada ecológica como grande bandeira da sua responsabilidade corporativa. Não basta promovermos um edifício como tendo o mais competitivo preço/m2 ou as menores despesas comuns. É preciso ir mais além.
A verdadeira mudança começa em nós próprios enquanto indivíduos. Esse despertar interior de uma consciência individual que nos permitirá crescer coletivamente enquanto sociedade. Ao agirmos de forma mais inteligente, saudável e feliz, estaremos individualmente a contribuir para que a nossa organização seja socialmente mais sustentável, mais amiga do ambiente e economicamente mais próspera.
Atingir o equilíbrio nestes três grandes pilares da Sustentabilidade deverá pois ser um objetivo a seguir por todos nós que, direta ou indiretamente, utilizamos imóveis no quotidiano. Quiçá então, nesse dia de tomada de consciência, seremos todos sustentadamente mais felizes. Afinal, não é isso que procuramos?
2 comentários:
Uma nova visão. Inspiradora. Será com certeza o caminho a seguir.
E de muita inspiração (para além de transpiração) precisamos nós, bastante!
Obrigado ao Bruno pelo contributo.
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