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quarta-feira, 21 de março de 2012

O Mercado de Escritórios de Lisboa

A B. Prime lança hoje o Prime Watch, o seu relatório sobre o mercado de escritórios de Lisboa em 2011. Pelo 2º ano consecutivo, este relatório foi desenvolvido em parceria com Out of the Box. Reforçamos, assim, o nosso posicionamento de Real Estate Knowledge Provider, estudando, analisando e fornecendo conteúdos sobre os mercados imobiliários. O nosso muito obrigado ao Jorge Bota, à Angelique e a toda a equipa B. Prime!


Este relatório que revela o comportamento e as tendências futuras do mercado de escritórios de Lisboa apresenta a valorização e a rentabilidade deste segmento na economia portuguesa. Pela primeira vez apresenta-se uma análise detalhada da área de investimento institucional, no que diz respeito à performance dos fundos de investimento que operam em Portugal e aos respectivos activos em carteira.

Mercado de Escritórios

No final de 2011, o mercado de escritórios de Lisboa tinha uma área total ocupada de 3.317.314m2, correspondendo a uma taxa de ocupação de 86,6% (estes dados excluem a zona 7 que apresenta uma vacancy rate muito baixa). Com base nas rendas médias pagas por cada zona e na respetiva área ocupada, o Prime Watch conclui que o mercado gera um total de rendas anuais de 531 milhões de euros, representando 0,31% do PIB nacional. Este valor representa uma renda média de 13,4 de euros por m2.

Face a 2010, as receitas geradas pelo mercado desceram -1,5%, valor que pode ser considerado positivo face à queda na absorção e nas rendas médias praticadas.

Fonte: LPI

O mercado de escritórios de Lisboa apresenta uma valorização média de 5,46 mil milhões de euros, o equivalente a 3,2% do PIB nacional.

Quadro: Valorização Mercado Escritórios Lisboa
Fonte: LPI/B. Prime

A Zona 1, apesar de representar apenas 16% da área ocupada, representa 20,4% da valorização do mercado. Em contraponto, a Zona 6, com um peso de 20,7% na área ocupada, tem apenas um peso de 15,4% no valor do mercado.

A queda do valor dos escritórios em Lisboa acentua-se, valendo hoje menos 12,4% que em 2010 e menos 14% que há 6 anos.
A desvalorização ocorrida no ano transato é justificada, maioritariamente, por uma desvalorização de capital e não propriamente pela queda de renda.

O índice B. Prime, medido em €/m2 de área ocupada, desvalorizou -13% em 2011. Em termos reais, acumula já uma desvalorização de - 32,8% desde 2005.

Tendências

Estima-se que até final de 2012 entre no mercado uma área adicional de 49.111m2 de novos escritórios, fazendo assim aumentar o stock para mais de 4,558 milhões de m2. As zonas 2 e 3 serão aquelas que registarão maior crescimento na oferta com 81,7% do total.


Fonte: LPI/B. Prime

As previsões apontam para valores mínimos recorde, no que diz respeito ao novo stock a entrar no mercado. A conjuntura atual, caracterizada por uma grande dificuldade em obter financiamento para novos projetos, uma grande falta de confiança, baixa atividade económica e subida do desemprego, com menos empresas a entrar no País e um risco elevado nos novos investimentos imobiliários, justifica um stock mais baixo.

O ano de 2012 será muito provavelmente o último em que as maiores oportunidades de negócio por parte dos inquilinos se farão sentir e isto pelo simples facto de a pressão por parte dos proprietários para a conclusão de operações tender a diminuir nos próximos anos, à medida que o crescimento da economia se acentua e que os níveis de oferta de escritórios novos a chegar ao mercado se mantêm escassos.


2 comentários:

Carlos Goncalves disse...

Muitos Parabéns. Excelente Trabalho

Anónimo disse...

Muitos Parabéns, Gonçalo e B.Prime. Excelente iniciativa...

Um abraço

João Garcia Barreto