De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, o crédito para a compra de casa mantém uma tendência de crescimento que, aliás, se regista já desde o ano de 2013. Durante o 1º trimestre de 2018, os bancos emprestaram um total de 2.186 milhões de euros para aquisição de habitação, um valor que se encontra 21% acima do registado em igual período de 2017.
Depois de uma ligeira quebra no crédito concedido em Janeiro e Fevereiro face aos valores que vinham a ser registados em 2017, o mês de Março registou um valor total de € 876 milhões, elevando assim o crédito habitação concedido no 1º trimestre para um valor muito próximo dos € 2,2 milhões. Mantendo-se esta tendência, podemos esperar por um novo aumento no crédito durante 2018, face a 2017, mas proporcionalmente mais modesto do que temos vindo a verificar desde 2013.
Fonte: Banco de Portugal
O montante total emprestado no 1º trimestre deste ano está já acima dos valores observados em igual período de 2009 e 2011, isto apesar do stock total em dívida ainda continuar numa rota descendente. De facto, apesar do aumento do crédito concedido, a verdade é que os portugueses continuam a amortizar os seus créditos num valor acima daquele que tem vindo a ser contratado, tendência essa que se tem vindo a verificar nos últimos 7 anos.
Fonte: Banco de Portugal
Observando o gráfico acima apresentado, é possível concluir que entre 2011 e Março de 2018, o mercado acumula já uma desalavancagem líquida superior a 20 mil milhões de euros (diferencial entre crédito concedido e montantes amortizados), representando uma queda no stock de crédito habitação em Portugal na ordem dos 19%.
Assim, mesmo com a banca nacional a conceder mais crédito para a compra de casa, os números demonstram que Portugal deve menos dinheiro aos Bancos.
Bons negócios (imobiliários)!
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