Aqui há dias escrevíamos sobre os sinais de arrefecimento do mercado residencial norte-americano. Hoje importa olhar com mais atenção e pormenor para algumas cidades onde os preços da habitação começam, de facto, já a corrigir.
De forma genérica, aparentemente o mercado residencial norte-americano atingiu o pico há já quase 1 ano, em Março de 2018. Desde então, os preços têm vindo a cair em 33 de 40 Estados de onde é possível retirar informação em quantidade e qualidade suficientes. Mesmo observando os dados da Zillow é possível verificar que o volume total de transacções no mercado caiu de USD 129 biliões em Março de 2018 para USD 120,4 biliões em Novembro do mesmo ano:
Olhando para algumas cidades em específico, podemos retirar as mesmas conclusões quanto a um ciclo de quedas no mercado. Seattle desvalorizou 5,1% em 5 meses, a maior queda desde a bolha imobiliária anterior; São Francisco, Los Angeles, San Diego, Portland... todas estas cidades estão a registar queda nos preços de venda.
O índice S&P Case-Shiller parece estar a atingir um pico, registando actualmente um valor 11,4% acima do anterior pico de mercado antes da bolha de 2007. Em Denver, por exemplo, o índice de preços está agora 54% acima do pico de 2007, enquanto que Los Angeles e San Diego apresentam preços idênticos aos de há 12 anos atrás.
Independentemente da dimensão da subida desde a crise do subprime, a realidade mostra que o mercado norte-americano começa a ajustar perante uma diminuição da procura estrangeira (nomeadamente chinesa). Já em artigos anteriores havíamos alterado para uma substancial quebra do investimento chinês em imobiliário norte-americano. Além disso, a subida recente das taxas de juro parece igualmente estar a afastar alguma procura, desta feita, doméstica.
Sinais muito importantes que importa continuar a observar e analisar.
Bons negócios (imobiliários)!
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