Segundo dados da consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W), o volume de transações de investimento imobiliário na Europa diminuiu no segundo trimestre de 2011, registando 26,2 mil milhões de euros, 11,5% menos que no primeiro trimestre do ano. No entanto, a tendência está longe de ser a mesma em todos os mercados, com o sector de escritórios à frente do de retalho e com os mercados core a ganharem em detrimento dos mercados periféricos.
Luís Rocha Antunes, partner e diretor do departamento de investimento da Cushman & Wakefield em Portugal comenta, “As tendências trimestrais poderão ser difíceis de interpretar devido ao tempo que é necessário para realizar uma transação e à mudança constante das condições de mercado. No entanto, não podemos negar que, contrariamente ao esperado, houve uma diminuição de transações. Também se tem verificado que o tempo médio para a realização de uma transação aumentou, devido essencialmente aos processos de due diligence mais metódicos e do tempo necessário para obtenção de financiamento.”
Outra característica interessante neste trimestre é o renascimento do sector de escritórios, que registou um aumento de atividade, em contraste com as descidas registadas nos sectores de retalho e industrial.
Os investidores estão mais focados em mercados de escritórios prime, uma vez que procuram reduzir o risco de investimento, o que pode levar a uma descida de yields nos melhores edifícios de escritórios.
Quanto a volume de transações por países, os três mercados principais do Reino Unido, Alemanha e França mantêm a sua cota de mercado de 64%.
Ao mesmo tempo, muitos mercados emergentes assistiram a um decréscimo na sua atividade de investimento imobiliário. A atividade na Europa Oriental e Central desceu de 3,9 mil milhões de euros para 2,1 mil milhões de euros. Mais notório foi a descida nos mercados com maiores dificuldades devido à apreensão relativa às suas dívidas soberanas. Os chamados PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) viram o volume de investimento descer 42% entre o primeiro e o segundo trimestre enquanto no resto da zona Euro, as transações subiram em média 6,7%.
“As nossas previsões continuam a apontar para uma subida na atividade no segundo semestre do ano, baseadas nas transações em curso e devido ao facto de mais imóveis estarem a entrar no mercado, em especial por parte dos bancos. A nossa atual previsão é de 133 mil milhões de euros, acima dos 117 mil milhões de euros do ano anterior. No entanto, considerando as dificuldades de financiamento e o aumento do tempo médio para a realização de uma transação, os números previstos podem sofrer alterações”, de acordo com Luis Rocha Antunes.
Em Portugal, quando comparando a performance do primeiro semestre de 2011 com igual período do ano passado, verifica-se uma quebra de 30% no volume de transações, passando de cerca de 268 milhões de euros em 2010 para cerca de 185 milhões de euros em 2011.
“O mercado sofreu muito a partir do momento em que se sentiu o agudizar da crise financeira e económica em Março deste ano, pois um volume de transações considerável que estava à beira de ser fechado foi cancelado ou adiado. Assistimos a uma alteração de variáveis fundamentais no mercado: preço e disponibilidade do dinheiro, confiança, clima económico. Devemos olhar para esta nova realidade com realismo e pragmatismo. Existem muitas oportunidades no mercado, pelo que há que ser criativo”, conclui Luís Rocha Antunes.
Fonte: C&W
Luís Rocha Antunes, partner e diretor do departamento de investimento da Cushman & Wakefield em Portugal comenta, “As tendências trimestrais poderão ser difíceis de interpretar devido ao tempo que é necessário para realizar uma transação e à mudança constante das condições de mercado. No entanto, não podemos negar que, contrariamente ao esperado, houve uma diminuição de transações. Também se tem verificado que o tempo médio para a realização de uma transação aumentou, devido essencialmente aos processos de due diligence mais metódicos e do tempo necessário para obtenção de financiamento.”
Outra característica interessante neste trimestre é o renascimento do sector de escritórios, que registou um aumento de atividade, em contraste com as descidas registadas nos sectores de retalho e industrial.
Os investidores estão mais focados em mercados de escritórios prime, uma vez que procuram reduzir o risco de investimento, o que pode levar a uma descida de yields nos melhores edifícios de escritórios.
Quanto a volume de transações por países, os três mercados principais do Reino Unido, Alemanha e França mantêm a sua cota de mercado de 64%.
Ao mesmo tempo, muitos mercados emergentes assistiram a um decréscimo na sua atividade de investimento imobiliário. A atividade na Europa Oriental e Central desceu de 3,9 mil milhões de euros para 2,1 mil milhões de euros. Mais notório foi a descida nos mercados com maiores dificuldades devido à apreensão relativa às suas dívidas soberanas. Os chamados PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) viram o volume de investimento descer 42% entre o primeiro e o segundo trimestre enquanto no resto da zona Euro, as transações subiram em média 6,7%.
“As nossas previsões continuam a apontar para uma subida na atividade no segundo semestre do ano, baseadas nas transações em curso e devido ao facto de mais imóveis estarem a entrar no mercado, em especial por parte dos bancos. A nossa atual previsão é de 133 mil milhões de euros, acima dos 117 mil milhões de euros do ano anterior. No entanto, considerando as dificuldades de financiamento e o aumento do tempo médio para a realização de uma transação, os números previstos podem sofrer alterações”, de acordo com Luis Rocha Antunes.
Em Portugal, quando comparando a performance do primeiro semestre de 2011 com igual período do ano passado, verifica-se uma quebra de 30% no volume de transações, passando de cerca de 268 milhões de euros em 2010 para cerca de 185 milhões de euros em 2011.
“O mercado sofreu muito a partir do momento em que se sentiu o agudizar da crise financeira e económica em Março deste ano, pois um volume de transações considerável que estava à beira de ser fechado foi cancelado ou adiado. Assistimos a uma alteração de variáveis fundamentais no mercado: preço e disponibilidade do dinheiro, confiança, clima económico. Devemos olhar para esta nova realidade com realismo e pragmatismo. Existem muitas oportunidades no mercado, pelo que há que ser criativo”, conclui Luís Rocha Antunes.
Fonte: C&W
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