Fevereiro foi um mês relativamente calmo no mercado imobiliário Espanhol, ainda assim, várias transações foram fechadas nos sectores de escritórios, terrenos e ativos alternativos. Além disso, Pedro Sánchez, anunciou a decisão de manter as eleições gerais antecipadas para 28 de Abril de 2019, depois de não ter garantido o apoio à proposta de Orçamento do Estado do seu partido.
Escritórios
O negócio mais significativo em fevereiro foi marcado pelo regresso da Apollo a Espanha, com a compra de um portfólio de escritórios localizados em áreas secundárias de Madrid e Barcelona, do Banco Santander, por € 200 milhões. Ainda em Madrid durante o mês, a nova Socimi Árima de Luis López de Herrera-Oria, adquiriu dois prédios de escritórios nobres por 62,75 milhões de euros; a Acciona comprou a antiga sede do Banesto, composta por sete edifícios e abrangendo 104.000 m2, do Banco Santander por uma quantia não revelada; e a Marathon Asset Management comprou dois edifícios de escritórios, abrangendo 17.557 m2 na área de Julián Camarillo da capital, ao CaixaBank por € 15 milhões.
Existiram ainda novos desenvolvimentos em relação à Ciudad Financiera do Banco Santander, com o próprio banco a igualar a oferta apresentada pela Reuben Brothers no mês passado numa nova tentativa de neutralizar a ofensiva dos investidores britânicos para adquirir sua sede. O banco presidido por Ana Botín está a tentar invocar um direito de aquisição preferencial sobre os escritórios, mas não é certo que os seus esforços serão bem-sucedidos.
Terrenos
No sector de terrenos residenciais, a Aedas Homes adquiriu parcelas de terreno em Granada por uma quantia não revelada para a construção de 750 fogos e a Habitat adquiriu um terreno com uma superfície de 22.000 m2 para a construção de 196 moradias em Las Palmas de Gran Canaria. Além disso, a Mabel Capital gastou € 20 milhões na compra da propriedade Los Llanos em Estepona, Málaga, um terreno de 40.000 m² em frente à praia, onde planeia construir casas de luxo.
Também no sector dos terrenos, a firma holandesa Ten Brinke comprou um terreno de 50.000 m2 em Ciempozuelos, Madrid para o desenvolvimento de um novo retail park, e o grupo de cuidados de enfermagem Vitalia Plus comprou duas parcelas, em Valência e Salamanca, para a construção de dois lares de idosos privados com 130 e 128 camas, respetivamente.
Ativos de uso alternativo
No setor de ativos de uso alternativo, os segmentos de casas de repouso e residências de estudantes continuaram a atrair a atenção. A Healthcare Activos adquiriu uma casa de cuidados de 11.646 m2 nos arredores de Salamanca por uma quantia não revelada; e a Lagune Espanha comprou 2 lares de idosos em Zamora e Valladolid à DomusVi, também por uma quantia não revelada.
Além disso, a AMRO Real Estate Partners comprou um edifício de 9.300 m2 em Sevilla, para a conversão numa residência de estudantes com 332 camas para receber alunos que frequentam as universidades de Sevilla, Pablo Olavide e Loyola Andalucía.
Finalmente, os segmentos de co-working e co-living continuaram a chegar às manchetes, com a previsão da consultora JLL de que o stock europeu de escritórios de co-working crescerá entre 25% e 30% ao ano, em média, nos próximos cinco anos. No entanto, o maior operador do sector, o IWG, atualmente gera apenas 15% das suas receitas a partir de ativos de co-working, enquanto outro grande player, a WeWork, ainda está a gerar perdas.
Outros
Em outras notícias, a Prologis comprou 5 activos logísticos com 58.000 m² em Madrid e Barcelona à Kefren, no setor de retalho, a Lidl comprou à Caprabo 6 supermercados abrangendo 9.000 m² na Cataluña; e no setor residencial, o Grupo Impar comprou a propriedade de 9.000 m² na Calle López de Hoyos, 171 por € 20 milhões.
Várias empresas também reportaram os seus resultados de 2018 em Fevereiro. Os destaques incluíram o relatório da Socimi Témpore que reduziu as suas perdas em 46% no período de 2018 para 384 mil euros, A Colonial, que viu seus lucros caírem 23% para 525 milhões de euros (apesar de um aumento de 23% na receita de rendas) e Meliá, que viu seus lucros subirem 13%, para 140 milhões de euros.
Há uma grande quantidade de operações em pipeline, e assim esperamos que o próximo ano evolua mais ou menos em linha com 2018.
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