Muitas vezes as pessoas perguntam-me porque Portugal não tem investidores e porque eles não olham para tão boas oportunidades de negócios que nós hoje temos em Terras Lusitanas. Respondo sempre: porque é que algum investidor, no seu perfeito juízo, optaria por investir cá com yields de 8%, quando pode investir em qualquer local do Mundo e ganhar muito mais dinheiro? Muitas vezes, sou insultado...
Eu até me dou ao luxo de comparar o incomparável, ou seja, Portugal com qualquer outro destino de investimento. Ronnie Chan, Chairman of Hang Lung Properties Limited in Hong Kong, deixa-nos neste vídeo, uma perspectiva e comparação interessantes entre o mercado imobiliário norte-americano e o chinês.
Antes de mais, como ganhar dinheiro no séc. XXI? Ronnie Chan aponta a receita: estar na China. Em que sector? Imobiliário!
Alguns números (de 2011):
- Na China constroem-se 12 vezes mais casas que nos Estados Unidos;
- Vendem-se 29 vezes mais casas que nos Estados Unidos (9 milhões contra cerca de 310 mil);
- A maior empresa imobiliária do Mundo, que é chinesa, vendeu USD 19 billion;
- Na China, existem mais de 300 cidades com mais 1 milhão de habitantes, nos EUA apenas 9...
Mais ainda, pergunta Ronnie Chan, se tivesse investido nos Estados Unidos, há 10, 12 anos atrás, qual a yield que poderia agora esperar desse seu investimento? Uns 6% não alavancados, parece aceitável. Por isso mesmo, ele não investe nos Estados Unidos! Não investe porque consegue retirar actualmente dos seus investimentos mais de 40% não alavancados. 40%!!!
Por estas e outras razões, Ronnie Chan acha o mercado imobiliário norte-americano pouco interessante, demasiadamente pequeno e muito eficiente. Num mercado com estas características, não é possível ganhar dinheiro! É preferível ir para a China onde a ineficiência é enorme, não há informação mas é possível ganhar muito dinheiro!
E ainda nos perguntamos porque é que os investidores internacionais não investem mais em Portugal... e ainda nos preocupamos em ir buscar investidores à China... e ainda achamos que uma yield de 7% de um buy-to-let é um bom investimento ou que uma yield de 8% de um prédio de escritórios é muito bom!
Temos de vender outra coisa. Temos de nos vender de outra forma. Portugal tem de ser mais do que simples mas boas oportunidades, preços ou yields.
Bons negócios (imobiliários... e chineses)!
Eu até me dou ao luxo de comparar o incomparável, ou seja, Portugal com qualquer outro destino de investimento. Ronnie Chan, Chairman of Hang Lung Properties Limited in Hong Kong, deixa-nos neste vídeo, uma perspectiva e comparação interessantes entre o mercado imobiliário norte-americano e o chinês.
Antes de mais, como ganhar dinheiro no séc. XXI? Ronnie Chan aponta a receita: estar na China. Em que sector? Imobiliário!
Alguns números (de 2011):
- Na China constroem-se 12 vezes mais casas que nos Estados Unidos;
- Vendem-se 29 vezes mais casas que nos Estados Unidos (9 milhões contra cerca de 310 mil);
- A maior empresa imobiliária do Mundo, que é chinesa, vendeu USD 19 billion;
- Na China, existem mais de 300 cidades com mais 1 milhão de habitantes, nos EUA apenas 9...
Mais ainda, pergunta Ronnie Chan, se tivesse investido nos Estados Unidos, há 10, 12 anos atrás, qual a yield que poderia agora esperar desse seu investimento? Uns 6% não alavancados, parece aceitável. Por isso mesmo, ele não investe nos Estados Unidos! Não investe porque consegue retirar actualmente dos seus investimentos mais de 40% não alavancados. 40%!!!
Por estas e outras razões, Ronnie Chan acha o mercado imobiliário norte-americano pouco interessante, demasiadamente pequeno e muito eficiente. Num mercado com estas características, não é possível ganhar dinheiro! É preferível ir para a China onde a ineficiência é enorme, não há informação mas é possível ganhar muito dinheiro!
E ainda nos perguntamos porque é que os investidores internacionais não investem mais em Portugal... e ainda nos preocupamos em ir buscar investidores à China... e ainda achamos que uma yield de 7% de um buy-to-let é um bom investimento ou que uma yield de 8% de um prédio de escritórios é muito bom!
Temos de vender outra coisa. Temos de nos vender de outra forma. Portugal tem de ser mais do que simples mas boas oportunidades, preços ou yields.
Bons negócios (imobiliários... e chineses)!
6 comentários:
Só para lembrar que nos finais de 90s e inícios de 2000 também tivemos esses índices de valorização imobiliária.
Daqui a 15 anos falamos sobre o mercado imobiliário da China.
Caro Frederico,
Todos os mercados, todos os sectores de actividade, têm ciclos de alta e de baixa. É normal e salutar. Quanto tempo demora cada ciclo, é que é difícil de prever...
Um investidor deve analisar bem os ciclos de investimento para melhor definir os momentos de entrada e saída.
Daqui a 15 anos, pelo que entendo das suas palavras, o mercado chinês terá desvalorizado. E durante 15 anos, um investidor faz o quê? Nada? Não investe? Não cria riqueza, emprego?
Se todos os investidores ficassem quietos, não haveria mercados, não haveria emprego, não haveria sequer economia...
Caro Gonçalo,
Creio que quando fala de investidores estará a falar de investidores com capitais de mais de 2 ou mesmo 5 milhões de euros, correcto? E os outros abaixo dessas fasquias? Não querendo entrar em alavancagens…
Concordo inteiramente com o que refere, tem toda a razão! Mas ao mesmo tempo há muitos investidores desconhecedores das realidades da China e outros mercados mais atractivos (até aqui mais perto). E conhecendo, conseguirão avaliar coerentemente os riscos inerentes?
Gosto do seu “teaser”, mas acho que a grande maioria dos investidores Portugueses gosta de investir no seu quintal independentemente de saber o que refere. Já os estrangeiros talvez possam ouvir melhor.
Voltando ao início, concordo com o que diz, apesar de considerar que continua a haver oportunidades interessantes de investimento em Portugal do ponto de vista da rentabilidade/risco e yields associadas.
Espero que nem todos ouçam, Portugal ficaria mais descapitalizado.
Continuem com o vosso bom trabalho no Out of the Box.
Cumprimentos,
Meus caros,
Nao foi minha intençao dizer que é melhor investir na China. Nada disso! Há investidores para todo o tipo de investimentos, mesmo para aqueles que à maioria parecem nao ser interessantes.
O que quis chamar a atençao foi à forma como nos vendemos e como comunicamos. Parece-me que hoje em dia, num mercado tao global, nao conseguimos competir pelo risco / rentabilidade. Acho dificil. Nem os EUA, quanto mais nos.
Por isso, acho dificil falarmos com investidores globais sobre Portugal falando em rentabilidades e precos. Temos de falar noutras coisas.
Temos, isso sim, de encontrar outras formas de atrair investidores.
Obrigado pelos vossos comentarios.
Meus caros,
Concordo com tudo o que se afirmou,mas penso que se deve ter em atenção alguns pressupostos relativos ao mercado imobiliário que aqui foram referidos e que me parecem perigosos; 1º rentabilidades em imobiliário na ordem dos 40% na minha modésta opinião é básicamente especulação, e já agora para os mercados hot, já os vivi por exemplo no Dubai, provavelmente 15 anos é uma eternidade, acabam muito mais cedo......, não se repitam erros ,e ,sim estou completamente de acordo reabilitação urbana, ofereçam-se serviços, reveja-se com toda a frontalidades as leis que ainda são medrosas do arrendamento e venda-se o que este País tem de diferenciador sem cópias mas com imaginação e aí podemos competir , e por favor não se esqueçam ,não conheço País onde se construa regra geral(975 dos casos)com maior qualidade do que cá...
Caro Anonimo,
Peço-lhe para se identificar da proxima vez.
Como se costuma dizer, tudo o que sobe, tambem desce, e quanto maior a subida...
É preciso ver todo o video para se entender bem as palavras de Ronnie Chan. O mercado chines é mesmo gigantesco.
Mas o ponto é esse mesmo. Pensar bem no que queremos vender e como nos queremos vender. E parece-me ter tocado num ponto importante, sempre muito defendido e argumentado na venda em Portugal: a qualidade construtiva. E será esse um argumento importante hoje em dia para atrair investidores? Talvez nao. Mas será, seguramente, um argumento importante para exportar o nosso know-how construtivo.
Enviar um comentário